Pesquisar este blog
Seguidores
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
"Bem-aventurados os puros de coração"
“Puro de coração” é aquele que se libertou, não só dos objetos externos, mas, também,do sujeito interno, isto é, daquilo que ele idolatrava como sendo o seu sujeito, o seu eu, embora fosse apenas o seu pseudo-eu, o seu pequeno ego físico-mental.
Quem se libertou dos bens materiais fora dele possui o “reino dos céus” , porque o seu reino já não é deste mundo; rejeitou a oferta do ego luciférico “eu te darei todos os reinos do mundo e sua glória” - mas quem se libertou, também, do maior pseudo bem dentro dele, o seu idolatrado ego personal, esse tem a certeza de “ver a Deus”, verá o verdadeiro Deus, porque olha para além do seu falso eu.
De maneira que ser puro de coração é ainda mais glorioso do que ser pobre pelo espírito; ser interiormente livre da obsessão do ego vivo é mais do que ser livre da escravidão da matéria morta.
Aliás, ninguém pode ser realmente livre da matéria morta dos bens externos sem ser livre da ilusão do ego vivo, porque tudo que eu chamo “meu” é apenas um reflexo e uma conseqüência do meu falso “eu”, o ego físico -mental; se o meu falso eu se tivesse integrado no verdadeiro Eu, que é o Universo em mim, não teria eu necessidade alguma de me apegar àquilo que chamo “meu”, os bens individuais.
O egoísta impuro não pode ver a Deus, que é amor puríssimo.
O egoísmo, portanto, a egolatria, equivale a uma cegueira mental. Entre o Deus -amor e o homem egoísta se ergue,por assim dizer uma muralha opaca que intercepta a luz divina. Enquanto o homem não ultrapassar as estreitas barreiras do seu ego personal, está com o s olhos vendados, separados de Deus por uma camada impermeável à luz, que é a impureza do coração.
Por mais que um ególatra ouça falar em Deus, nada compreende, porque com preender supõe ser. Ninguém pode compreender senão aquilo que ele vive ou é no seu íntimo ser.
Entender é um ato mental,mas compreender é uma atitude vital; entender mentalmente é uma função parcial, unilateral do nosso ego humano — compreender é uma vivência total, unilateral, do nosso Eu divino.Quem não é divino não pode saber o que é Deus.
Se é difícil a "pobreza pelo espírito", muito mais difícil é a "pureza de coração". O desapego dos bens externos é o abandono de algo que não fez, nem jamais poderá fazer parte integrante do homem, algo que nunca foi nem pode ser realmente "seu"- ao passo que o ego personal faz parte integrante do homem, é "seu", embora não seja ele mesmo; e por isto a renúncia à sua personalidade físico-mental em prol da sua individualidade espiritual é comparavelmente mais difícil do que a renúncia à cobiça dos bens externos.
O despertar dessa nova vidência, que existe, dormente, em cada um de nós, requer exercício intenso, assíduo e prolongado, porque o homem tem de superar barreiras já estabilizadas há séculos e milênios. Esse exercício diário e vital consiste, principalmente, numa permanente atitude interna de querer servir, servir espontânea e gratuitamente a todos.
Esse clima de querer servir, espontânea e gratuitamente, remove os obstáculos que existem entre nós e o Todo(Deus), porque diminui gradualmente o egoísmo unilateral e exclusivista e aumenta a solidariedade uniliteral e inclusivista, que uns chamam altruísmo, outros amor, outros ainda benevolência universal.
O Sermão da Montanha,páginas de 22 a 25
Quem se libertou dos bens materiais fora dele possui o “reino dos céus” , porque o seu reino já não é deste mundo; rejeitou a oferta do ego luciférico “eu te darei todos os reinos do mundo e sua glória” - mas quem se libertou, também, do maior pseudo bem dentro dele, o seu idolatrado ego personal, esse tem a certeza de “ver a Deus”, verá o verdadeiro Deus, porque olha para além do seu falso eu.
De maneira que ser puro de coração é ainda mais glorioso do que ser pobre pelo espírito; ser interiormente livre da obsessão do ego vivo é mais do que ser livre da escravidão da matéria morta.
Aliás, ninguém pode ser realmente livre da matéria morta dos bens externos sem ser livre da ilusão do ego vivo, porque tudo que eu chamo “meu” é apenas um reflexo e uma conseqüência do meu falso “eu”, o ego físico -mental; se o meu falso eu se tivesse integrado no verdadeiro Eu, que é o Universo em mim, não teria eu necessidade alguma de me apegar àquilo que chamo “meu”, os bens individuais.
O egoísta impuro não pode ver a Deus, que é amor puríssimo.
O egoísmo, portanto, a egolatria, equivale a uma cegueira mental. Entre o Deus -amor e o homem egoísta se ergue,por assim dizer uma muralha opaca que intercepta a luz divina. Enquanto o homem não ultrapassar as estreitas barreiras do seu ego personal, está com o s olhos vendados, separados de Deus por uma camada impermeável à luz, que é a impureza do coração.
Por mais que um ególatra ouça falar em Deus, nada compreende, porque com preender supõe ser. Ninguém pode compreender senão aquilo que ele vive ou é no seu íntimo ser.
Entender é um ato mental,mas compreender é uma atitude vital; entender mentalmente é uma função parcial, unilateral do nosso ego humano — compreender é uma vivência total, unilateral, do nosso Eu divino.Quem não é divino não pode saber o que é Deus.
Se é difícil a "pobreza pelo espírito", muito mais difícil é a "pureza de coração". O desapego dos bens externos é o abandono de algo que não fez, nem jamais poderá fazer parte integrante do homem, algo que nunca foi nem pode ser realmente "seu"- ao passo que o ego personal faz parte integrante do homem, é "seu", embora não seja ele mesmo; e por isto a renúncia à sua personalidade físico-mental em prol da sua individualidade espiritual é comparavelmente mais difícil do que a renúncia à cobiça dos bens externos.
O despertar dessa nova vidência, que existe, dormente, em cada um de nós, requer exercício intenso, assíduo e prolongado, porque o homem tem de superar barreiras já estabilizadas há séculos e milênios. Esse exercício diário e vital consiste, principalmente, numa permanente atitude interna de querer servir, servir espontânea e gratuitamente a todos.
Esse clima de querer servir, espontânea e gratuitamente, remove os obstáculos que existem entre nós e o Todo(Deus), porque diminui gradualmente o egoísmo unilateral e exclusivista e aumenta a solidariedade uniliteral e inclusivista, que uns chamam altruísmo, outros amor, outros ainda benevolência universal.
O Sermão da Montanha,páginas de 22 a 25
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário